Como forma de resgate e reverência às Rosas Negras – mulheres escravizadas que lutaram por direitos civis no século XIX no Brasil, a OAB do Rio de Janeiro em cooperação com outros dez coletivos do movimento negro defendem a inclusão da Medalha Rosa Negra ao quadro de símbolos para premiações da entidade.
“O objetivo é dar visibilidade para a luta de inúmeras mulheres negras para chegar onde chegamos. Quando a população entende a importância dessas mulheres passam a respeitar mais a nossa história”, diz a advogada Beatriz Silveira, vice presidente da comissão de igualdade racial da 8a subseção da OAB/RJ.
A proposta é que a medalha seja objeto de homenagem para advogados e advogadas, lideranças sociais, autoridades públicas e ativistas que estejam contribuindo para a manutenção dos direitos civis fundamentais das minorias étnicas e religiosas a fim de garantir-lhes suas identidades sociais e culturais, a possibilidade de desenvolvimento e pleno acesso à justiça.
Rosas Negras pelo Brasil
A medalha Rosa Negra levará o nome da desembargadora Ivone Ferreira Caetano, primeira mulher negra a ocupar o cargo no Estado do Rio de Janeiro. “ Caso o projeto seja aprovado para compor o quadro de medalhas da OAB Nacional, a Medalha Rosa Negra poderá receber a alcunha de outras heroínas negras nos demais estados do País”, diz Beatriz.
A medalha une a vontade de onze coletivos negros do Estado, que estão representados em cada uma das pétalas da medalha Rosa Negra :CEDINE (Conselho Estadual do Direito do Negro); FEMN/ RJ (Fórum Estadual de Mulheres Negras); UNEGRO Nacional (União de Negros pela Igualdade); CEN (Coletivo de Entidades Negras); CRIOLA (Organização de defesa e promoção dos direitos das mulheres negras); ABMCJ/RJ (Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica); AMAZOESTE/RJ (Associação das Mulheres Advogadas da Zona Oeste do Rio de Janeiro); CENARAB (Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro –Brasileira); CONEN (Coordenação Nacional de Entidade Negras); EDUCAFRO RJ (Francisco de Assis, Educação, Cidadania, Inclusão e Direitos Humanos) e CETRAB (Centro de Tradições Afro-Brasileiras).
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