Empreendedorismo Ubuntu

Da mesma forma que a filosofia Zulu, o Clube da Preta acredita na força do ” Eu sou porque somos”.

Da mesma forma que a filosofia Zulu, o Clube da Preta acredita na força do ” Eu sou porque somos”.

No mundo digital, o que há de mais prático e moderno em termos de consumo? Clube de assinaturas!  Esta é uma modalidade de vendas que tem crescido exponencialmente no mundo porque beneficia todos os envolvidos: os fornecedores passam a contar com uma demanda mais consistente de seus produtos, o consumidor recebe periodicamente produtos de qualidade de acordo com suas escolhas e o intermediário, que atua em um nicho com incrível potencial de expansão.

Foi assim que surgiu o Clube da Preta, criado para fortalecer o afro empreendedorismo. A inspiração veio a partir de uma caixa de cerveja por assinatura que o jornalista Bruno Brígida recebeu. “Achei que aquilo poderia funcionar bem para a gente! ”, lembra o empreendedor, que ao lado da companheira, a museóloga, Débora Luz, decidiu aplicar a mesma lógica para ampliar o raio de alcance dos produtos oferecidos na Feira Preta – evento tradicional em São Paulo que reúne, anualmente, inúmeros empreendedores negros (e muita gente linda!), para uma grande feira de negócios, artes e empoderamento -.

Bruno Brigida e Déborah Luz

O Clube da Preta, que recebeu este nome em homenagem à mãe do Bruno, dona Cleuza Brígida, surgiu em 2017 e hoje atende mensalmente clientes do Brasil, da Europa, América do Norte e da Ásia (olha que massa!!)

Consumo consciente

As redes sociais são aliadas importantes da startup. Débora Luz é também uma digital influencer de moda e beleza e mantém uma página no Instagram com mais de 166 mil seguidores (@deboraluzoficial) e usa o espaço para divulgar o Clube da Preta. “Dentro das minhas redes sociais, sempre fiz questão de valorizar o consumo consciente. Sou eu quem escolho com quem divido meu poder e meu dinheiro“, afirmou.  

Hoje, o casal já viabiliza o comércio transparente e consciente de mais de 150 empreendedores (mulheres em sua maioria) de seis estados brasileiros – alguns já famosos, como LAB, Boutike de Krioula, Makeda, Eudora e Negra Rosa -.

A iniciativa ganha ainda mais importância quando se leva em consideração o fato de que as mulheres negras representam metade do contingente de empreendedoras no País, mas apresentam uma maior proporção de informalidade que as empreendedoras brancas e uma remuneração 50% inferior, conforme relatório especial feito pelo Sebrae no mês de outubro.

Renda e reconhecimento

O Clube da Preta já conta com mais de 400 assinaturas, registra um crescimento médio mensal de 10% e gera mais de R$ 100 mil em renda para os afros empreendedores e a distribuição de mais de 10 mil produtos. As caixas são personalizadas e as assinaturas custam entre R$69,90 à R$199,90.  O Natal está chegando! Esta é uma oportunidade maravilhosa para praticarmos o Black Money ao fomentar a riqueza entre os nossos e ainda presentear amigos e familiares com produtos que têm a nossa cara. Eu já entrei para o clube, e você?

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